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Agosto Lilás – Mês de combate e prevenção da violência contra a mulher.

Agosto Lilás - Mês de combate e prevenção da violência contra a mulher.

No Agosto Lilás, temos a campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher, assunto importante de discutirmos, visto que, as mulheres que estão em uma relação abusiva, muitas vezes se isolam e vivem essa dinâmica sem referências do limite suportável da relação a dois.

Ainda nos tempos de hoje, nós mulheres, carregamos uma herança histórica patriarcal, onde o homem manda e a mulher passivamente obedece. Apesar de muitas lutas e mudanças, a figura feminina ainda é diversas vezes, legitimada por meio da integridade da família, cuidados com filhos e marido e, para preservar esse papel, muitas permanecem aprisionadas em uma relação violenta.

Um olho roxo pode ser mais visível, mas os abusos psicoemocionais podem ser até mais danosos. Mentiras, ameaças, sexo sem consentimento, xingamentos, humilhação, controle e talvez a mais difícil, a manipulação mental. Em que o outro desvalida e distorce sutilmente a sua sanidade e memória, o tão falado ultimamente, gaslighting. São comuns frases do tipo: “É coisa da sua cabeça”, “Você é louca”, “Está de TPM”, “Você é exagerada”, “Não lembro…não aconteceu, você está inventando ou sonhando” e por aí vai.

Os envolvidos ficam confusos com o que estão vivenciando, há um ciclo ambivalente e paradoxal entre brigas e promessas de melhora, amor e ódio. A relação não é só ruim, é boa também, mas a fase de lua de mel e tensão tendem a se repetir e ficarem cada vez piores.

Não é fácil sair dessa dinâmica, pois há um forte vínculo afetivo e uma codependência. Muitas vezes, idealizamos os relacionamentos e temos dificuldade de entrar em contato com a realidade dele, por vergonha, sentimento de fracasso, culpa e até receio de ser exposto ou ser assunto entre os familiares e amigos.

Mas saiba que campanhas como essas, estão aí para nos apoiar, acolher, dar voz e nos fazer questionar. Não é saudável estar numa relação em que você se sente mais triste do que feliz. Busque ajuda profissional e uma rede de apoio, pois não devemos nos silenciar diante da violência.

 

Profissional
Psicóloga Mariana Nabhan
CRP 06/114197